Investir no mercado imobiliário é desde sempre uma alternativa muito procurada por investidores, tanto no Brasil quanto no exterior. Raramente esse tipo de investimento gerou preocupações.
No entanto, uma das mais célebres crises do setor ocorreu em 2007, nos EUA. Naquele momento, a combinação entre devedores em más condições financeiras e banqueiros pouco precavidos causou estragos em bolsas dos cinco continentes.
Nesse meio tempo, muita coisa mudou. Surgiram diversas alternativas de investimento imobiliário, e um novo panorama começou a se desenhar por aqui recentemente. Foi quando os Brazilian Depositary Receipts, os BDRs, passaram a ser acessíveis a todos os investidores, inclusive os de pequeno volume.
Os BDRs, são recibos de papéis americanos negociados na B3, dentre os quais estão os Real Estate Investment Trust, ou REITs. Sendo assim, hoje é possível investir no mercado imobiliário dos EUA sem sair do Brasil.

Investir nos EUA sem sair do Brasil
Os REITS são ancorados no mercado imobiliário norte-americano. Funcionam mais ou menos como um fundo imobiliário, mas com algumas diferenças. Primeiro, o retorno é em dólar, o que é uma vantagem bastante importante. Também são mais diversificados do que os fundos tradicionais e, por isso, mais atraentes.
Eles operam como empresas listadas na bolsa. Investem no mercado imobiliário e recebem incentivos fiscais. Seu objetivo é gerar lucro e distribuir dividendos a cada três ou seis meses.
Para se ter uma ideia do quanto podem ser rentáveis, em apenas um ano, os REITs geram em média um retorno de 10%. Ao passo que a taxa oferecida pelo índice de ações S&P 500, um dos principais dos Estados Unidos, é de 6%. Os dados são de um relatório da XP publicado pelo jornal Valor Econômico e são referentes aos últimos vinte anos.
Todas as vezes em que se analisa os ativos concentrados nos REITs é possível confirmar seu potencial de rendimento. Produtos residenciais respondem por US$ 234 milhões. Enquanto US$ 170 milhões são destinados a comerciais.
Residenciais rendem mais
De acordo com a consultoria FTSE Nareit U.S. Real Estate, especializada em REITs, os melhores resultados vêm do residencial. De janeiro a julho de 2021, a categoria teve retorno médio de 41,46%. O número é bem superior ao de comerciais, cerca de 35,13%.
Apartamentos é a categoria líder, com 44,2% de participação. Em seguida, aparecem as casas unifamiliares, com 39,30%. Logo depois vêm as casas pré-fabricadas, com 32,32%.
Contudo, a chave do bom desempenho está na forma como esses imóveis são geridos. Afinal é essa a principal razão para as altas margens de rendimentos. Isso acontece porque, é bom que se explique, os REITs são como empresas. Eles contam com funcionários dedicados que se empenham em fazer uma gestão imobiliária profissional.
Mas será que algo assim seria possível no Brasil? Há espaço para profissionalizar a gestão de imóveis no país? Em outras palavras, será que dá para facilitar os processos e assim aumentar os rendimentos? Voltaremos a esses assuntos nos nossos próximos posts.
Leia também:
Investimento em imóveis residenciais via Agentes Autônomos de Investimentos (AAI)
Posts relacionados
Aumento nos estoques residenciais preocupa incorporadoras
Acúmulo de unidades disponíveis alta nos custos da construção e aumento das altas taxas de inadimplência e endividamento da população preocupam incorporadoras,...
Leia maisVeja as diferenças entre short stay e long stay antes de decidir
Short stay, ou estadia de curta duração, é a modalidade de aluguel de imóveis com boa rentabilidade.
Leia maisFlexibilidade atrai 3 em cada 10 brasileiros para locação em 2021
Aluguéis atraem 30% dos brasileiros, que querem preservar sua liberdade de escolha ou estão receosos com o cenário econômico.
Leia maisYuca Comunidade e Tecnologia Ltda @ 2023 CNPJ: 34.399.713/0001-90