2021 foi um ano inédito no cenário de investimentos imobiliários: este foi o primeiro ano em que imóveis residenciais apareceram no topo das preferências dos investidores, desbancando as tradicionais apostas em unidades corporativas. Um ano depois, a atenção em imóveis residenciais continua em alta. Na Austrália e nos Estados Unidos, os investimentos em escritórios estão abaixo da média anterior à pandemia. Para os norte-americanos, esses espaços atualmente representam apenas um quinto das transações do segmento comercial, após décadas respondendo pela maior fatia das carteiras imobiliárias.
Buscando explicar os motivos por trás dessa mudança, a revista britânica The Economist publicou uma reportagem com dados e comparações desse mercado ao redor do mundo, registrando como diversas metrópoles vêm lidando com o esvaziamento e a desvalorização dos edifícios de escritórios. Apesar dos esforços em trazer de volta as equipes ao trabalho presencial, a resistência de parte dos colaboradores combinada a novas ondas de contaminação aumentam as incertezas sobre o futuro desses locais e dos distritos comerciais globais.
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A mudança dos escritórios para dentro de casa
Os principais centros financeiros, como Manhattan e os bairros de Marunouchi, em Tóquio, e La Défense, em Paris, veem seus escritórios cada vez menos frequentados. City, em Londres, tem 18% de seus escritórios vazios. “Antes dos lockdowns, os 21 maiores distritos comerciais do mundo abrigavam 4,5 milhões de trabalhadores e cerca de 20% das sedes de empresas da Fortune Global 500, segundo a EY e o Urban Land Institute”, cita a Economist.
A maior parte desse contingente migrou para o home office, de acordo com a reportagem. Uma vez em casa, os executivos vivenciaram vantagens das quais não querem abrir mão, como evitar o trânsito. Por isso, os investidores agora se perguntam, ao olhar a longo prazo, se as torres de escritórios vão continuar atrativas. “No mundo todo, os escritórios desocupados representam 12% do total – antes da pandemia, eram 8%. Em Londres, 18% dos escritórios estão vazios. Em Nova York, são quase 16%”.
Esses espaços corporativos, sobretudo nos bairros comerciais, estão perdendo terreno para áreas de imóveis com melhor desempenho, como armazéns e edifícios residenciais.
Vacância também preocupa no Brasil
Antes da pandemia, a média de desocupação dos imóveis corporativos no país era de 15,96%, considerada aceitável. No final do ano passado, esse número já havia chegado em 25,15%. Dados da Siila, multinacional focada no mercado imobiliário comercial, indicam que o patamar deve se manter ao longo deste ano, baixando para apenas 24% de desocupação no segundo semestre.
Em São Paulo, a entrega de novas lajes de escritórios vai dificultar ainda mais a retomada desse segmento. Enquanto nos anos de 2019 e 2020, somados, foram produzidos 100 mil metros quadrados corporativos, somente em 2021 chegaram ao mercado mais 154,2 mil metros quadrados. Para este ano, a expectativa é de outros 178,5 mil novos metros de escritórios de alto padrão, distribuídos pelos principais centros corporativos da capital paulista, como as imediações das avenidas Santo Amaro, Chucri Zaidan, Pinheiros e Faria Lima. Especialistas questionam se o fôlego desses distritos e dos edifícios que abrigam será suficiente para atravessar este terceiro ano de pandemia.
Longo prazo: residenciais em alta nos investimentos
A maioria dos investidores adota uma perspectiva de longo prazo. Percebem, por exemplo, que as pessoas estão trocando os escritórios antigos e fechados por locais de trabalho modernos e mais verdes. Melhores sistemas de filtragem de ar e amenidades de maior qualidade são atrativos. Entretanto, essas propriedades de alto padrão representam 20% ou menos dos edifícios na maioria das cidades.
É possível que reformas e retrofits rejuvenesçam alguns edifícios, mas seu custo é alto tanto em recursos, quanto nas burocracias e tempo despendidos. Tudo indica que a aposta nos residenciais, para quem olha a longo prazo, pode ser mais vantajosa neste momento.
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